Pular para o conteúdo principal

Sua linguagem de programação NÃO é especial

 

Nos últimos dias, tenho observado um fenômeno que os mais antigos programadores já estão habituados: “rinha de linguagem”. Não é incomum observar, no twitter, programadores protegendo com todas as forças alguma linguagem que lhes aquece o coração. Mas, por qual motivo esses programadores jogam tanta energia fora em discussões sobre linguagens? Energia esta, que poderia ser despendida na resolução de problemas do mundo real, estes que são indubitavelmente abundantes.


Me recordo das primeiras vezes que entrei em contato com o mundo do desenvolvimento, há mais ou menos 10 anos, e lá percebi um certo clubismo por algumas linguagens, que eu nunca entendi de fato, mas que, para me enturmar, acabei fazendo parte. Alguns anos mais tarde, quando entrei na faculdade, percebi que a maior parte dessas alegações não passavam de besteira. Cada linguagem tem seus pontos fortes e pontos fracos, e são mais adequadas para certas aplicações e não adequada para outras. Isso é natural.


Em minha visão, esse tipo de atitude dentro da comunidade não ajuda a melhorar o ambiente, tampouco a própria comunidade, uma vez que estamos todos brigando para provar a supremacia de nossas linguagens. Aliás, não deveríamos aprender a programar pelas linguagens, e sim pela vontade e paixão por resolver problemas. Precisamos focar em aprender estruturas de dados, bancos de dados, lógica de programação, programação orientada a objetos e muitos outros pontos, que independem de linguagem na maior parte do tempo.


Debater os pontos fortes e fracos de cada linguagem, é uma coisa, criar um favoritismo quase ideológico pela linguagem, não acho saudável. As linguagens nascem e morrem, mas o conhecimento base adquirido do estudo das disciplinas que citei acima, dificilmente são deixados para trás.


Portanto, se você está lendo este artigo, saiba que a sua linguagem não é especial, e ela só vai ser tão boa assim, quando estiver pagando seu salário, ou te ajudando a contribuir para projetos relevantes. Na esfera abstrata e sem aplicações funcionais, elas são inúteis.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

5 dicas rápidas na hora de escolher um curso online

  Com a situação sanitária mundial atual e a as pessoas mais tempo em casa, a procura por cursos online aumentou consideravelmente, o que nos desperta uma grande pergunta: como escolher um curso online? Foto de  Startup Stock Photos  no  Pexels As mudanças nos campos da tecnologia que demorariam mais alguns anos para se efetivarem, ganharam bastante força com o COVID-19. O comércio por meios eletrônicos, ganhou ainda mais força, e as mudanças, ao que tudo indica vieram para ficar. Todos nós sabíamos que essa mudança aconteceria, mas não sabíamos a hora. É quase que intuitivo pensar que se as pessoas es t ão mais tempo em casa, é muito provável que uma grande parte sinta necessidade de estudar algo ou aprender coisas novas. Para evitar frustrações, selecionei algumas dicas para que os interessados em aprender alguma coisa, possam escolher seus cursos e fazer bom proveito deles. Como tudo na vida, é bem comum vermos cursos ou produtos digitais que não nos atendam adequadamente nossas nec

Olá, mundo!

Olá, mundo! Seja muito bem-vindo ao meu blog, o meu espaço pessoal para compartilhar meus feitos e conhecimentos em ciência da computação. Isso servirá como uma espécie de diário, para que eu tenha uma opção de voltar aqui, sempre que eu precisar relembrar alguma informação referente a algum conteúdo importante.  Todavia, decidi deixar público esse diário, aberto para todos, em qualquer lugar do mundo conectado à internet. Talvez as informações que eu poste aqui, possam ajudar você e outras pessoas a conseguirem mais conhecimento. Salve esse blog em seus favoritos e volte sempre aqui, pode ser que hajam novos posts!  Atenciosamente, João Pedro

Pense bem antes de reclamar da educação, você pode ser parte do problema

Foto de Pixabay: Foto Você provavelmente já ouviu ou falou que a educação precisa mudar, precisa se conectar melhor com o aluno, precisa deixar de lado o modo tradicional, mas a verdade é que, muito provavelmente, você contribui para que a educação continue ruim.  Recentemente, tive uma experiência diferente, o professor deu a oportunidade de a turma votar para o tópico que estudaríamos ao decorrer do semestre, e assim fizemos, votamos para os nossos tópicos. De início, no primeiro dia, havia 14 pessoas. Depois de votarmos, o professor nos comunicou que a matéria seria levada de uma maneira diferente, não teríamos provas, mas teríamos rodas de conversa, e todos nós seríamos avaliados durante essas conversas.  Todavia, entre os dois temas, havia um grupo enfático de pessoas que queriam um tema em específico, que foi eleito pois eram a maioria. Lembrem-se dessa informação.  Na segunda semana nem todos estavam presentes, mas o outro grupo continuava ali. O professor nos pediu um seminário